quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Especial Playstation 1: 26 jogos para se conhecer (Parte 1)

No dia 3 de Dezembro de 1994, foi lançado no Japão o primeiro Playstation; o console de estreia da Sony no mercado de videogames. Se transformando num grande sucesso, vendeu ao todo 102,4 milhões de unidades pelo mundo, e trazendo grandes jogos clássicos. Aproveitando esses 26 anos de seu lançamento, trago aqui a primeira parte de uma lista de 26 jogos para se conhecer do PS1. A lista vai consistir numa mistura de jogos populares, jogos revolucionários e alguns jogos escolhidos de opinião pessoal do autor dessa matéria.

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Rayman



Um jogo side-scrolling (plataforma 2D) desenvolvido e publicado pela Ubisoft. O primeiro jogo de uma serie grande e popular, Rayman foi lançado para Playstation em 9 de Setembro de 1995 na América e 29 de Setembro do mesmo ano na Europa; ele é um dos jogos presentes no lançamento do console nessas regiões. O jogo foi primeiramente lançado para Atari Jaguar em 1 de Setembro de 1995; e o jogo ainda recebeu versões para Sega Saturn, MS-DOS, GameBoy Color, GameBoy Advance e disponibilizado para PS3 atrás do PSOne Classic. Idealizado pelo designe Michel Ancel, o jogo começou a ser projetado para o Super Nintendo; tanto que um protótipo dele foi liberado em 2017 com autorização do criador. Mas devido as limitações, o projeto foi migrado primeiramente para Atari Jaguar e depois para os outros consoles já citados. O fato do personagem não ter braços e nem pernas, é devido a limitações da época. No controle do personagem Rayman, o jogador deve viajar através de cinco mundos (Dream Forest, Band Lands, Blue Mountains, Picture City e The Cave of Skops) para salvar os Electoons (criaturas magicas que vivem naquele mundo) enjauladas e salvar o grande Protoon (um ser que mantém a paz e o equilíbrio) que foi capturado pelo vilão Mr. Dark. O personagem começa com as habilidades de pular, andar, abaixar-se e se rastejar; mas conforme vai avançando, ele ganha habilidades de dar socos, escalar, correr, planar, entre outras. Também é possivelmente, ganhar habilidades especificas em fases especificas. Para enfrentar o chefe final do jogo, o Mr. Dark, é necessário resgatar todos os Electoons para ter acesso a essa fase. O jogo teve uma otima recepção, sendo elogiado por sua animação e trilha sonora; recebendo os prêmios de "Melhor Animação" e "Melhor Trilha Sonora de um jogo em CD-ROM" na Electronic Gaming Monthly Video Game Awards de 1995. Ele se tornou o jogo mais vendido de Playstation 1 no Reino Unido, com aproximadamente 5 milhões de copias.

Mortal Kombat Trilogy



Sendo a ultima atualização feita para o MK3, Mortal Kombat Trilogy foi lançado para Playstation no dia 10 de Outubro de 1996 nos Estados Unidos e em 9 de Dezembro de 1996 na Europa. O jogo é da Midway, mas foi a Avalanche Software a responsável pelo port de Playstation; o jogo ainda receberia versões para N64, Sega Saturn e PC. O jogo segue o mesmo enredo e gameplay presente nas versão MK3 e Ultimante MK3, ganhando diversas adições extras. A começar pelos personagens, que conta com o elenco de MK1, MK2, MK3 e UMK3. Tendo a adição dos chefes e sub-chefes (Goro, Kintaro, Motaro e Shao Kahn); versões alternativas Jax (MK2), Kung Lao (MK2), Kano (MK1) e Raiden (MK1); e um novo personagem chamado Chameleon, um ninja que fica mudando de cor e usa habilidades dos outros ninjas presentes no jogo. Diversos movimentos especiais foram adicionados a alguns personagens, e diversas finalizações estão presentes no jogo. Além dos clássicos Fatalities, também tempos Animality, Babality, Friendship e a uma nova finalização chamada Brutality (está estava apenas disponível nas versões de SNES e Mega Drive de UMK3). Uma barra chamada "Agressor" foi adicionada; quando cheia, proporciona maior velocidade e força ao lutador por um tempo curto. Cenários e musicas de versões anteriores do jogo, também estão presente nessa nova atualização. A versão de Playstation, passou por 3 revisões distintas publicadas, para corrigir bugs e se aproximar da qualidade do Arcade; a versão foi a Greatest Hits na América e a Platinum na Europa. O jogo teve avaliações mistas, dependendo muito da versão na qual estava sendo analisada. A versão de PS1 recebeu ótimas criticas, sendo somente seu ponto negativo o fato da presença de loadings em muitas partes. Um exemplo disso, é que sempre quando o Shang Tsung vai se transformar em algum outro personagem, o jogo para por uns segundos para carregar esse personagem a ser transformado. Isso pode ser desligado em uma opção extra do jogo, que facilita num carregamento mais rápido do jogo.

Final Fantasy 7



Lançado em 31 de Janeiro de 1997 no Japão, 7 de Setembro de 1997 nos Estados Unidos e 17 de Novembro de 1997 na Europa (sendo o primeiro jogo da serie a chegar nesta região); Final Fantasy 7 é um JRPG desenvolvido pela SquareSoft (atual Square Enix) sendo publicado exclusivo de PS1 e recebendo um port para Windows no ano seguinte. O protagonista é Cloud Strife, um ex-membro da 1º classe SOLDIER (uma elite de combate da Shinra Electric Power Company) e que agora trabalha de mercenário, ajudando uma organização ecoterrorista chamada AVALANCHE, na qual uma antiga amiga de infância faz parte, Tifa Lockhart. Essa organização, quer acabar com a Shinra, pois ela usa a força vital do planeta como uma fonte de energia chamada Mako, e isso pode acabar afetando o planeta a ponto de por a vida humana em perigo. Além da Shinra, Cloud e os outros personagens tem que lidar com o principal antagonista do jogo, Sephiroth, um lendário lidar dos SOLDIERs que supostamente tinha morrida a alguns anos atrás; mas depois de descobrir segredos sobre seu verdadeiro "eu", agora quer vingança e se tornar um Deus. O jogo que consiste num clássico RPG por turnos, utiliza o sistema de combate "Active Time Battle" presente desde o Final Fantasy 4. Diferente dos jogos anteriores em que se era possível controlar 5 personagens durante a batalha, nesse jogo era limitado a 3 personagens no confronto. Uma das novidades, foram as Matérias: esferas de energia vital que poderia ser equipados nas armas e/ou armaduras, dando status e propriedades diferentes para os personagens. O Limit Break, é uma barra que enche quando o personagem recebe dando, e quando completamente cheia, proporciona um golpe especial muito poderoso. O desenvolvimento começou para o SNES ainda em 1994 após o lançamento de Final Fantasy 6, mas foi interrompido para dar mais atenção ao desenvolvimento de Chrono Trigger, que já havia começado paralelamente. Após o termino dos trabalhos em Chrono Trigger, a equipe se voltou para Final Fantasy 7; a ideia, era fazer um jogo com uma temática de ficção cientifica com elementos mais realistas, comparados aos jogos anteriores. Também decidiram usar gráficos poligonais tridimensionais e longas cenas em CGi pré-renderizado para aprofundar a historia e dar um ar de filme interativo ao jogo. Esse ideias, só seriam possível usando o CD-ROM como mídia para armazenar e suportar o jogo; então foi escolhido a plataforma da Sony para que o jogo fosse lançado. Final Fantasy era um serie que tinha exclusividade nos consoles da Nintendo; quando a Square tomou essa decisão, surpreendeu muito os seus fãs. Para produzir o jogo, contou-se com mais de 100 pessoas e seu orçamento somando desenvolvimento e marketing se aproximava de 80 milhões de dólares; sendo considerado um dos jogos mais caros daquela época. O jogo chegou a vender cerca de 2,3 milhões de unidades em apenas 3 dias no Japão e chegou a mais de 500 mil unidades vendidas em menos de 3 semanas nos Estados Unidos; até Dezembro de 2005, foram contabilizados cerca de 9,8 milhões unidades vendidas do jogo, se tornando um dos títulos mais vendidos da serie. Além de ter sido considerado o "jogo que vendeu o Playstation" e ajudou a popularizar o gênero de RPG fora do Japão. Ele foi muito elogiado pelos fãs e pela critica especializada, trazendo uma ótima gameplay mesclada com uma historia profunda, tocando em temas como religião, ambientalismo e politica. Apesar disso, a quem diga que esse não é o melhor jogo da serie e que ele as vezes é um pouco superestimado pelas pessoas. Com seu sucesso, ele gerou uma serie produtos que expandem sua historia, apelidada de "Compilation  of Final Fantasy 7". Contendo diversos jogos spin-off, filmes, animações e alguns contos; além de recentemente ter recebido um remake para PS4, em forma episódica.

Castlevania: Symphony of the Night



Sendo um jogo de ação-aventure 2D, com elementos de RPG, Castlevania: Symphony of the Night foi desenvolvido e publicado pela Konami; lançado no dia 20 de Março de 1997 no Japão, 2 de Outubro de 1997 nos Estados Unidos e 1 de Novembro de 1997 na Europa. Inicialmente, ele foi lançado com exclusividade para o PS1, mas um ano depois recebeu uma versão para Saturn somente no Japão, com alguns extras. Sendo uma sequencia direta de Rondo of Blood (jogo lançado exclusivamente para PC Engine), ele começa justamente na batalha final desse jogo, de Richter Belmont derrotando Drácula. Quatro anos após isso, Richter está desaparecido e o castelo do Drácula volta a aparecer; então Alucard (filho de Drácula) surge para adentrar o castelo e derrotar seu pai. Após derrotar diversas criaturas, Alucard encontra Richter que proclama ser o novo lorde do castelo; mas com a ajuda de Maria Renard (uma jovem caçadora de vampiros, que lutou ao lado de Richter), descobrem que ele está sendo manipulado e uma ilusão os impede de saber quem é o responsável. Eles descobrem que Shaft, um servo de Drácula está por trás disso, e conseguem quebrar o feitiço sobre Richter; Shaft avisa-os que a ressurreição de Drácula acontecerá em breve. Com isso, Alucard deixa Maria e Richter para ir ao encontro de seu para derrota-lo e por um fim a isso tudo. O desenvolvimento do jogo começou em 1994, com o subtítulo provisório de The Bloodletting, planejado para ser lançado para o Sega 32X; porém com o fracasso do console, o projeto foi cancelado e migraram ele para o Playstation, agora com o nome de Symphony of the Night. Inicialmente, ele seria uma historia paralela ao serie principal, mas no fim das contas, foi considerado um jogo canônico. Um dos seus principais diretores, Koji Igarashi, achava que os jogos de aventura daquela época eram meio curtos e queria fazer um jogo que tivesse um bom fator de replay, podendo ser aproveitado por um longo tempo. Com isso, ele deixou de lado a progressão linear de fases, presente nos Castlevanias anteriores, para trabalhar em um mapa onde a exploração do castelo seria livre. Porém, varias partes desse castelo seriam inacessível de começo, sendo necessário algum item ou habilidade especifica para poder liberar essas áreas. Mecânicas de RPG foram implementadas ao jogo, como o acumulo de experiência para subir de nível para melhorar atributos, além da possibilidade de coletar itens, armas, magias e outras coisas para se equipar no personagem. Uma coisa que chamou atenção nesse jogo, foi a presença do castelo invertido; após Alucard quebrar a ilusão criada por Shaft, o castelo se inverte, mostrando áreas secretas e novos desafios, para enfrentar o verdadeiro chefe final do jogo, o Drácula. Inicialmente, o jogo teve um desempenho mediano, principalmente nos Estados Unidos, onde teve pouco marketing; mas graças aos elogios da critica especializada, suas vendas aumentaram com o boca a boca e se tornou um grande sucesso. A critica elogiou as inovações que o jogo trouxe a serie, sua excelente trilha sonora e o fato de demonstrar que jogos 2D ainda tinham um potencial junto aos jogos poligonais 3D. Symphony of the Night e Super Metroid ajudaram a moldar um gênero que hoje é conhecido como Metroidvania; jogos nos quais o mapa é livre para se explorar, mas em alguns momentos é necessários certas habilidades e itens para se avançar, sendo necessário o back-tracking (termo usada para simbolizar a ação de voltar em lugares já passados antes).

Resident Evil 2



Quando o primeiro Resident Evil foi lançado em 1996, primeiramente para Playstation, foi bastante elogiado pela critica e surpreendeu até mesmo a Capcom com o seu sucesso. Ele acabou sendo responsável por definir o gênero de Survivor Horror e voltar a popularizar os zumbis na cultura pop. O desenvolvimento de sua sequencia, começou um mês após o termino do primeiro jogo. O diretor Shinji Mikami virou produtor da sequencia e Hideki Kamiya se tornou diretor do projeto, que recebeu o nome provisório de Resident Evil 1.5. O jogo foi planejado para ser lançado em Maio de 1997, porém quando o seu desenvolvimento chegou para mais de 60%, foi cancelado para ser retrabalhado. Futuramente, Mikami disse que o jogo não estava atingindo uma qualidade satisfatória, e o definiu como "maçante e chato". Esse protótipo acabou vazando, e hoje em dia pode ser jogando tanto no Playstation, quanto em emuladores. Após isso, uma grande reformulação aconteceu no jogo, e poucas coisas daquele primeiro protótipo ficaram na versão final. Agora chamado oficialmente de Resident Evil 2, foi lançado em 21 de Janeiro de 1998 nos Estados Unidos, 29 de Janeiro de 1998 no Japão e 8 de Maio de 1998 na Europa; inicialmente para PS1 e depois recebendo ports para N64, Microsoft Windows, Dreamcast e GameCube. O enredo se passa dois meses depois dos eventos do primeiro jogo, na cidade de Raccoon City, próxima a mansão onde o jogo anterior passava. Quase todos os moradores foram transformados em zumbi, devido a um surto do T-Virus, uma arma biológica que a empresa farmacêutica Umbrella  Corporation desenvolveu secretamente para o governo. Os protagonistas são Leon S. Kennedy, um policial novato em seu primeiro dia de trabalho na força local e Claire Redfield, uma estudante universitária que está a procura de seu irmão Chris Redfield (um dos protagonistas do jogo anterior). Eles devem descobrir o que está acontecendo na cidade, encontrar sobreviventes e escapar vivos da cidade. A estrutura do jogo, seguiu bem parecida com o jogo anterior: exploração do cenário, resolução de puzzles, gerenciamento de itens e sobreviver a ataque de diversas criaturas. Os personagens, itens, alguns objetos e inimigos eram gerados em tempo real com polígonos 3D, enquanto o cenário era fundos pré-redenrizados com ângulos de câmera fixa. Uma novidade, era o "Zapping System", no qual cada um dos personagens jogáveis se deparam com puzzles e historias diferentes em seus respectivos cenários. O jogo vinha em dois CD para cada personagem, com cenários A e B; dependendo da ordem que os discos eram jogados, os cenários mudavam. O jogo foi bastante elogiado pela critica, destacando como ótimos pontos a atmosfera do jogo, ambientação, gráficos, áudio; como pontos negativos, foi apontado alguns puzzles pouco elaborados e uma dublagem que deixou a desejar. Com cerca de 4,96 milhões de unidades vendidas, a versão de PS1 foi um sucesso comercial e é o jogo da serie mais vendido em uma única plataforma; e se tornou um dos Resident Evil preferidos da maioria dos fãs. Recentemente, o jogo ganhou um remake para PS4, Xbox One e PC, que também foi muito elogiado pela critica e pelos fãs.


Gex: Enter the Gecko



Criado pela Crystal Dynamics, a serie Gex foi composta por 3 jogos muito bem elogiados; uma lagartixa fanática por televisão, tem que lidar com um grande vilão chamado Rez, que quer dominar a Dimensão da Midia (o mundo da TV). Criando inicialmente para o 3DO, como um jogo de plataforma 2D; recebeu diversos ports e seus dois próximos jogos fizeram uma transição para o 3D. Dessa trilogia, eu destaco o segundo jogo; Gex: Enter the Gecko (também conhecido como Gex 3D: Enter the Gecko no Reino Unido e Gex: Return of the Gecko no resto da Europa).O jogo foi lançado em 31 de Janeiro de 1998 na Europa, 24 de Fevereiro de 1998 nos Estados Unidos e 10 de Setembro de 1998 no Japão. Além de ser lançado no Playstation, recebeu versões para N64, PC, GameBoy e disponibilizado no PS3 via PSN no dia 5 de Outubro de 2011. Após sua vitória sobre Rez no jogo anterior, Gex seguiu sua rotina de assistir televisão, até que dois agentes do governo o capturam. Eles informam que Rez retornou e querem que Gex os ajudem a acabar de vez com ele; inicialmente ele recusa, mas acaba aceitando ao negociar com esses agentes uma recompensa em dinheiro e itens. O personagem conta com diversos movimentos: ele gira batendo com seu rabo, usa o rabo para pegar mais impulso nos pulos, usa a língua para engolir moscas que podem lhe dar uma vida ou poderes temporários e ainda conta com um chute de kung-fu. O jogo consiste num grande hub, onde as fases são acessadas através de diversas TVs; as fases fazem referencia a filmes e programas de TV, como Star Wars e Looney Tunes. Em cada fase, a diversos controles que devem ser coletados, sendo que temos os controles vermelhos (que servem para liberar novas áreas e mais fases), controles de prata (para liberar fases bônus) e controles dourados (presentes nos bônus e fases dos chefes). Coletando todos os controles presentes no jogo, aparecerá concept arts e fotos da equipe de produção durante o final do jogo. Sua recepção foi um pouco mista, mas na sua maioria foi muito bem elogiado e ganhando notas boas; o que fez render o seu terceiro e ultimo jogo da serie no ano seguinte.

Tekken 3



Tekken é uma serie de jogos de luta produzida e distribuída pela Namco; seu primeiro jogo foi lançado inicialmente para arcades em 1994 e portado para Playstation em 1995. O jogo surgiu para ser um concorrente a altura de Virtua Fighter da Sega e para ser um dos carros-chefes do Playstation em marketing do console. O terceiro jogo da serie, foi lançado primeiro para arcades em 1997 e portado exclusivamente para PS1 em 26 de Março de 1998 no Japão, 29 de Abril de 1998 nos Estados Unidos e 12 de Setembro de 1998 na Europa. Essa versão, trouxe um grande salto de qualidade comparado aos dois jogos anteriores; seus gráficos foram altamente melhorados e sua gameplay foi mais aprimorada. Agora o jogo tem uma ênfase maior no terceiro eixo. Apesar dos jogos anteriores serem 3D, sua gameplay ainda era muito bidimensional, mas agora o jogo proporciona andar e desviar para os lados. O pulo também foi revisão, agora são mais realistas, indo de contra as pulos super altos dos jogos anteriores. Sem falar, que os golpes e emendas de combos estão bem mais elaborados. Seu elenco de personagens é bem diversificado, com 23 personagens disponíveis; sendo 2 deles (Gon e Dr. Bosconovitch) exclusivos do PS1. Tínhamos o retorno de personagens como Heihachi Mishima, Nina Williams, Paul Phoenix e Yoshimitsu; e também temos a estreia de Jin Kazama, Hwoarang, Ling Xiaoyu e Eddy Gordo. Seu enredo, se passa mais de 15 anos depois dos eventos de Tekken 2; com a suposta morte de Kazuya Mishima, seu pai Heihachi volta a assumir a Mishima Zaibatsu e estabelece a Tekken Force, uma organização paramilitar para defender a Mishima Zaibatsu e trazer paz no mundo. Durante uma expedição num templo no México, sua equipe é desimada e logo após isso, diversos lutadores ao redor do mundo são mortos ou desaparecem. Heihachi descobre que se tratava de uma criatura chamada Ogre, que era proclamado pelos povos da região como o Deus da Luta. No meio dessa confusão toda, um jovem rapaz chamado Jin Kazama vem a sua procura, dizendo que é seu neto. Filho e Jun Kazama e Kazuya Mishima, Jin e sua mãe foram atacados pela criatura e sua mãe foi morta pela criatura. Antes de morrer, ela disse para procurar Heihachi Mishima caso alguma coisa acontecesse. Heihachi resolve ajudar seu neto, treinando com o estilo de karate Mishima para poder se vigar da criatura; mas ele apenas está usando o garoto para atrair Ogre e captura-lo para saber mais sobre seus poderes. Além de seus modos de luta tradicionais, o jogo ganhou dois modos exclusivos no PS1: Tekken Force e Tekken Ball. O modo Tekken Force se trata de um beat em up, onde um personagem do jogo é selecionado e luta contra diversos soldados da Tekken Force até enfrentar outros personagens do jogo sendo chefes. Já Tekken Ball é um modo peculiar onde os jogadores se enfrentar numa espécie de partida de vôlei. O objeto é bater na bola para que ela se energize e causa dano no oponente, ou também faze-la cair no chão para que o oponente sofra esse dano. Tekken 3 se tornou um grande sucesso, sendo conhecido como um dos melhores jogos de luta já feitos; tanto no seguimento de jogos 3D, como em jogos de luta no geral. Considerado um dos melhores jogos da serie e de PS1, está no top 5 dos jogos mais vendidos do console; vendendo mais de 8 milhões de unidades.

Metal Gear Solid



Antes de Metal Gear Solid, já existiam outros dois jogos da serie lançados para MSX2: Metal Gear (1987) e Metal Gear 2: Solid Snake (1990). Neles, o protagonista é Solid Snake, um agente secreto especialista em operações táticas especiais, que deve infiltrar numa base secreta militar, para resgatar reféns e destruir os Metal Gear (tanques que podem lançar misseis nucleares). Um terceiro jogo estava sendo planejado para ser lançado inicialmente no 3DO, mas com a popularidade muito baixa do console, o projeto foi migrado para o PS1. Metal Gear Solid foi desenvolvido e distribuído pela Konami, lançado exclusivamente para PS1 no dia 3 de Setembro de 1998 no Japão, 21 de Outubro de 1998 nos Estados Unidos e 22 de Fevereiro de 1999 na Europa. Após se tornar um lenda com suas missões nos jogos anteriores, Solid Snake havia se aposentado de sua função, mas acabou tendo que voltar a ativa a pedido do Coronel Roy Campbell. Um grupo terrorista tomou conta de uma base militar de desligamento de misseis chamada Shadow Moses, no Alaska, e estão ameaçando lançar misseis nucleares nos Estados Unidos, caso não seja dado uma enorme quantia em dinheiro e os restos mortais do "Lendario Mercenario" Big Boss. Além disso, eles estão em posse de vários Metal Gear do modelo REX e fazendo de refém o chefe da DARPA Donald Anderson e o presidente da AmrsTech Kenneth Baker. A missão de Snake é resgatar os reféns, desativar os Metal Gear e acabar com esse grupo terrorista, que é composto por: Revolver Ocelot, um pistoleiro e perito em interrogatorio; Sniper Wolf, uma sniper de elite, Vulcan Raven, um grande xamã armado com uma mini-gun; Psycho Mantis, um medium especialista em telecinese, Decoy Octopus, um mestre dos disfarces; e Liquid Snake, lider do grupo que mais tarde se descobre ser irmão de Solid Snake. Por ser um jogo focado em infiltração sorrateira, o método melhor de joga-lo era evitando o combate direito e muito tiroteio; sendo preferencial passar despercebido pelos inimigos e incapacitando em silencio. O jogo foi um grande sucesso, tornando a serie muito conhecida e sendo reconhecido como o jogo que popularizou o gênero de Stealth. Fruto da mente criativa e excêntrica de Hideo Kojima, o jogo trouxe grandes reviravoltas, como a revelação de que Liquid e Solid são irmãos frutos de um projeto chamado "Les Enfants Terribles", que visava criar o clone perfeito do soldado perfeito chamado Big Boss; até mesmo momentos surpreendentes, onde o chefe Psycho Mantis le os jogos da Konami que tem no memory card do jogador e ser necessário trocar o controle de lugar para conseguir derrota-lo.

Crash Bandicoot: Warped



Crash Bandicoot foi uma serie criada pela Naughty Dog e distribuída inicialmente pela Universal Interactive Studios que teve seu primeiro jogo lançado para PS1 em 1996. Sendo um plataforma 3D, onde o jogador controla Crash Bandicoot, um marsupial antropomórfico geneticamente modificado que deve combater o Dr. Neo Cortex e seus capangas que querem dominar o mundo. A serie se tornou um grande sucesso e chegou a ser considerado um mascote para o PS1, apesar dele não ser oficialmente. No PS1, a serie rendeu 3 jogos convencionais, um de corrida (que falaremos mais tarde) e um estilo party game; mas o que eu destaco agora, é seu terceiro jogo. Crash Bandicoot: Warped foi lançado exclusivamente para PS1 em 31 de Outubro de 1998 nos Estados Unidos, 5 de Dezembro de 1998 na Europa e 17 de Dezembro de 1998 no Japão. Após Crash derrotar Cortex no jogo anterior, a sua nave cai sobre um templo antigo e acaba liberando uma entidade chamada Uka-Uka, que se trata do irmão de Aku-Aku, a mascara que projeto Crash. Enquanto isso, Crash e sua irmã Coco estavam tranquilos na ilha onde moram, quando eles escutam uma risada maligna; Aku-Aku percebe que se trata de seu irmão que despertou e pede para eles entrarem na casa. Em um lugar desconhecido, Uka-Uka discute com Cortex pela sua incompetência por ter perdidos todos os cristais e gemas que se perderam no espaço-tempo. Agora, com a ajuda de um novo aliado, Dr. N. Tropy, que criou o Tornado Temporal, eles iriam recuperar todas essas joias perdidas no espaço-tempo. O objetivo de Crash, Coco e Aku-Aku é recuperar essas joias e deter os planos de Cortex e Tropy. A estrutura do jogo, é bem parecida com a do jogo anterior; um hub interligado por 5 áreas, onde existem 5 fases diferentes. Adentrando a fase, é necessário termina-la pegando um cristal durante a fase, e coletando os 5 cristais de cada fase, é liberado um chefe para se enfrentar. Derrotando esse chefe, a próxima área com 5 fases é liberada. Além dos cristais, também existem as gemas que podem ser coletadas ao destruir todas as caixas do cenário, ou encontradas em lugares  secretos. Uma novidade nessa versão, sãos as relíquias que podem ser adquiridas no modo Time Trial; a só entrar em algumas fase já concluída para inicial esse modo. Crash continua com alguns de seus movimentos vistos no jogo anterior; podendo pular, dar seu ataque giratório, se abaixar e rastejar, dar uma rasteira e dar um golpe forte pulando e caindo contra o chão. Alguns novos movimentos são ganhos durante o jogo, ao derrotar os chefes; como um pulo duplo, uma força maior no impacto do golpe no chão, uma giratórias mais longe, habilidade de correr mais rápido e uma bazooka de Wumpas. Outra novidade, é que agora Coco é jogável neste jogo, mas apenas em algumas fases feitas especificamente para ela. Assim como os jogos anteriores, Crash Bandicoot: Warped se tornou um grande sucesso e vendeu bastante; apesar de algumas criticas dizerem que o jogo não tinha tantas inovações se comparado ao jogo anterior. Mesmo assim, o jogo conseguiu se tornar o primeiro jogo não japonês a vender a marca de 1 milhão de unidades no Japão; totalizando cerca de 5,7 milhões unidades vendidas pelo mundo.

Twisted Metal 3



Twisted Metal foi uma serie exclusivo de Playstation desenvolvido e distribuída pela Sony Interactive Studios America. Um estilo de jogo focado em batalhas veiculares, com diversos veículos e personagens distintos; cada um tem sua historia e motivações ao participar no torneio chamado Twisted Metal. O vencedor tem o direito de fazer qualquer desejo (independente de o quão impossível seja) para o organizador do torneio, um ser chamado Calypso; e para os perdedores, só resta a morte. O primeiro jogo foi lançado em 1995 e se tornou uma serie bastante popular no console da Sony; apesar de que atualmente a serie está para desde seu ultimo jogo lançado para PS3 em 2012. Para o PS1, foram lançado 5 jogos diferentes da serie, e fica um pouco difícil de escolher exatamente um para essa lista. Pois todos os jogos são bem similares entre si, apenas melhorando seus gráficos, mudando alguns personagens e veículos e acrescentando alguns modos de jogo e elementos da gameplay. Geralmente, a maioria das listas de colocam o segundo jogo como a melhor opção, apesar de achar que ele mudou pouco referente ao primeiro e ser bem difícil. Meus favoritos são o 3 e 4; então para esta lista eu escolho o 3. Pelo fato dele ter uma boa gameplay, gráficos bem trabalhados, personagens clássicos da serie, cenários destrutivos e uma dificuldade balanceada. O jogo foi lançado no dia 31 de Outubro, e foi o primeiro desenvolvido com o novo nome da produtora, 989 Studios. Essa versão teve umas criticas bem mista, mas vendeu razoavelmente bem para se ter mais sequencias, cerca de 1,14 milhões de unidades. Este foi um dos poucos jogos da serie que não foram lançados oficial na Europa e não é considerado canônico, por ter muitos furos de roteiro e continuidade com o jogo anterior.

Apocalypse



Lançado exclusivamente para PS1 no dia 17 de Novembro de 1998 nos Estados Unidos e Europa; Apocalypse foi desenvolvida pela Neversoft (sendo seu primeiro jogo original) e distribuído pela Activision. Um jogo de tiro em terceira pessoa, com uma ação frenética, contou com a participação do ator Bruce Willis na captação de movimentos e dublagem do protagonista, Trey Kincaid. Num futuro distopico, a ciência está sendo demonizado por um líder fanático chamado "The Reverend"; como a sociedade está toda quebrada e perdida, esse líder ganha muitos adoradores e diversos cientistas são capturados e presos por ir contra as ideias de Reverend. Mas o que poucos sabem, é que esse cara quer usar a ciência que tanto demoniza para criar sua própria versão dos quatro cavaleiros do apocalipse, para por um fim na sociedade corrupta e decadente. O protagonista Trey Kincaid, era um desses cientista que foram presos, ele consegue escapar da prisão e agora precisa revelar a verdade por trás de Reverend e acabar com seus planos malignos. No controle de Trey, o jogador deve passar por diversas fazer, cheias de inimigos e armadilhas, coletando diversas armas para auxiliar a sua arma primaria, além de outros power-ups. Em todo final de fase, a sempre um chefe para se enfrentar, e tem algumas fases onde se tem apenas o chefe. Sua gameplay tinha uma peculiaridade no fato de que os botões X, Circulo, Quadrado e Triângulo definiam as direções na qual o personagem atirava; no caso de o controle ser um Dual Shock, as direções eram determinados pelos lados onde o analógico direito era apontado. A ideia do jogo, era parecer com uma grande produção de Hollywood, com muita ação e um roteiro muito bem elaborado. Para isso, a Activision investiu pesado ao contratar Bruce Willis para dar voz a um personagem nesse jogo. Porém, as coisas não saíram conforme foi planejado desde o começo. No começo, a ideia era o protagonista ser alguém desconhecido e ele seria ajudado por uma IA que teria a voz de Bruce Willis. Só que por problemas de atraso no jogo, o enredo foi todo alterado para fazer com que Bruce Willis fosse o protagonista, mas o mesmo não arranjo tempo para gravar novas falar para o jogo que já haviam sido gravadas. Com isso, eles tiveram que editar as falas que já tinham gravadas e o jogo ficou meio bagunçado, com uma historia cheia de furos. Esse acabou sendo um dos pontos negativos nas criticas feitas ao jogo, mas foi muito bem elogiado por sua gameplay, sons e trilha sonora. Uma curiosidade, é que o motor gráfico usado nesse jogo, foi reformulado e depois usado nos primeiros jogos da serie Tony Hawk.

Silent Hill



Produzido e distribuído pela Konami, foi lançado exclusivamente para PS1 no dia 23 de Fevereiro de 1999 nos Estados Unidos e Europa e no dia 4 de Março de 1999 no Japão. O protagonista Harry Manson e sua filha adotiva Cheryl estava andando de carro numa rua deserta e neblinada, quando uma pessoa apareceu do nada, forçando Harry a desviar bruscamente, batendo o carro e ficando desacordado. Quando ele recompõe a consciência, ele percebe que sua filha desapareceu, indo a sua procura, ele acaba parando numa cidade chamado Silent Hill. Lá, ele encontra uma policial chamada Cybil Bennett, que estava verificando casos estranhos pela cidade. Ao começarem a explorar a cidade, percebem que ela está cheia de criaturas bizarras, além de em certos momentos a própria cidade mudar, entrando numa dimensão sombria. Depois de muito explorar a cidade a procura de sua filha, ele descobre que havia uma líder de um culto chamada Dahlia Gillespie, tentou usar sua filha Alessa Gileespie como sacrifício para trazer um demônio chamado Samael. Ela teve seu corpo quase que 100% queimado, mas sobreviveu, sendo cuidada num hospital da cidade; ainda sim, ela continuava sendo monitorada e usada para rituais. Com isso, ela acabou dividindo sua alma em duas; onde uma metade ficou no hospital, sofrendo e tendo pesadelos frequentes, e a outra metade acabou virando a filha adotiva de Harry. Tudo de macabro e bizarro que acontece na cidade, é fruto dos pesados de Alessa; e agora ela quer se juntar com sua outra metade, para se transformar no demônio Samael. Quando o jogo foi lançado, muitos acabaram fazendo comparações com Resident Evil, por ser um jogo de Survival Horror, focado na exploração e resolução de puzzles; mas alguns pontos acabavam o fazendo ser um pouco diferente. Enquanto em RE os personagens eram na sua maioria personagem com um treinamento militar e bom no combata, em SH o personagem Harry Manson é um cidadão normal, sem treinamento nenhum. Resident Evil era um jogo com cenário pré-renderizado, com câmeras fixas; Silente Hill era todo feitos em polígonos 3D, com câmera móvel, mas ficando com alguns ângulos fixos em certas partes. Em RE, a sua atmosfera era de um filme de terror B, com zumbis e criaturas mutantes; em SH, o foco é num terror que mexe com o psicológico dos personagens e criaturas bizarras e demoníacas. Devido a limitações do PS1, a nevoa e escuridão do jogo serviam para esconder o cenário carregando aos poucos, já que tudo ao redor estava sendo renderizado em tempo real; isso acabou dando um charme para o jogo e dando uma atmosfera maior de medo. O jogo contava com 5 finais distintos que variam conforme as escolhas e ações do personagem; sendo 2 deles bons, 2 maus e um meio bizarro. Silent Hill foi muito bem criticado, tendo seus pontos mais elogiados a trilha sonora e efeitos sonoros, os gráficos e sua atmosfera de terror; alguns pontos negativos ficaram com sua dublagem e historia meio confusa. O jogo vendeu mais de 2 milhões de copias e se tornou um dos melhores jogos da plataforma e junto com Resident Evil se tornou um expoente no estilo de Survival Horror.

Pepsiman



E para concluirmos essa primeira parte, terminamos com...PEPSIMAAAAAAANNNN!!!!!! Ok, parece estranho e bizarro, mas vamos por partes. Nos anos 90, a filial japonesa da Pepsi havia criado um mascote para seus comerciais, o chamado Pepsiman. Uma espécie de super-herói que aparecia para ajudar pessoas que queriam muito uma Pepsi para beber, mas era sempre meio atrapalhado, batendo nas coisas, tropeçando e caindo em buracos. O personagem ficou popular a ponto de ganhar uma jogo exclusivo para PS1; Pepsiman foi desenvolvido e distribuído pela KID (Kindle Imagine Develop) no dia 4 de Março de 1999. No controle de Pepsiman, o jogador de passar por 4 fases, divididas em 3 seções, coletando latinhas de Pepsi para acumular pontos e desviar de obstáculos durante o percurso da fase. O personagem corre automaticamente durante as fases, além de pular, deslizar, dar um dash e desviar para os lados. O jogo foi desenvolvido com um orçamento baixo, o que levou a decisão de fazer vídeos gravados entre as fases e introdução do jogo, para ser mais barato. Os vídeos continham o ator e ex-jogador de hockey Mike Butters, que seria outro garoto propagando da marca, que interagia com o jogador entre as fases. Uma editora americana tentou comprar os direitos do jogo e do personagem para publica-lo nos Estados Unidos, porém o jogo permaneceu exclusivo no Japão, mas tendo dublagem em inglês. Pepsiman recebeu criticas razoáveis, sendo considerado um jogo muito simples e curto, não era considerado totalmente horrível apesar de tudo. Consideravam interessante joga-lo por ser um jogo diferenciado e bem barato comparado aos valores padrões de jogos do PS1. Coloquei esse jogo na lista, não por ser um jogo memorável ou revolucionário do console, é mas por uma questão de mostrar que um jogo desses foi lançado para o console e quão peculiar ele é. Agora, aguardem a segunda parte dessa lista.

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