sábado, 1 de fevereiro de 2020

The Legend of Zelda: A Link to the Past

Após o grande sucesso que o primeiro jogo de Zelda fez, a Nintendo lançou uma sequência direta chamada Zelda 2: The Adventure of Link; lançado em Janeiro de 1987 para o Famicom Disk System no Japão e em Setembro de 1988 para NES nos Estados Unidos. Apesar do jogo ter vendido bem e ter conseguido um relativo sucesso, ele mudou de mais o seu estilo de jogo e gameplay; hoje em dia, ele é considera a "ovelha negra" da serie, por ser um dos Zeldas menos querido pelos fãs. Com o sucesso dos jogos e o próximo console da Nintendo chegando no começo dos anos 90 (Super Famicom), Shigero Miyamoto juntamente com sua equipe (deste vez, maior) viram tudo que deu certo e errado nos dois primeiros jogos e começaram a planejar um novo game de Zelda. Disso tudo, saiu um dos melhores jogos do Super Nintendo e também um dos games mais importantes da historia dos videogames, The Legend of Zelda: A Link to the Past. Seguindo a serie de postagens que estou fazendo sobre a serie, vamos agora falar deste clássico da serie e do Super Nintendo. E caso não saiba, já fiz um post sobre o primeiro Zelda; então indico que leia este post antes, para saber mais detalhes sobre o começo da serie. Dito isso, vamos para o assunto que interessa.

Ficha Técnica
Capa japonesa
Titulo: The Legend of Zelda: A Link to the Past ( no Japão conhecido como The Legend of Zelda: Triforce of the Gods)
Desenvolvedora e Publicadora: Nintendo
Consoles: Super Famicon (Super Nintendo)
Data de Lançamento: 21 de Novembro de 1991 (Japão)
                                     13 de Abril de 1992 (América do Norte)
                                     24 de Setembro de 1992 (Europa)
Genero: Ação-Aventura
Diretor: Takashi Tezuka
Produtor: Shigeru Miyamoto
Designers: Masanao Arimoto e Tsuyoshi Watanabe
Escritores: Kensuke Tanabe e Yoshiaki Koizumi
Programadores: Yasunari Soejima e Toshihiko Nakago
Compositor: Koji Kondo



Enredo
Ao contrario de Adventure of Link, que era uma sequência direta do primeiro jogo; A Link to the Past se passa antes do primeiro jogo, com antepassados de Link e Zelda. Link estava dormindo em sua casa, quando começa a escutar uma voz falando telepaticamente com ele; era a voz da Princesa Zelda, que estava presa no calabouço de seu próprio castelo. Após a mensagem terminar, Link acorda e ve seu tio preparado para ir à batalha; ele o avisa para permanecer na cama, mas logo depois que seu tio sai, Link resolve segui-lo. Link tenta adentrar o castelo, mas o guardas não permitem sua passagem; então ele encontra uma passagem secreta, conseguindo entrar chegando direto nas masmorras. Lá, ele acabam encontrando seu tio, quase morto; ele diz que ambos são descendentes dos Cavaleiros de Hyrule, que tem como dever proteger a família real. Como seu ultimo pedido antes de morrer, ele dá a Link sua espada e escudo, e suplica que salva a princesa, pois ele é a ultima esperança de todos. Atendendo ao ultimo pedido de seu tio, Link pega a espada e o escudo, e segue pelos calabouços do castelo, enfrentando diversos guardas até finalmente encontrar a Princesa Zelda. A princesa informa que a uma passagem secreta até o santuário de Hyrule, onde encontrariam o padre que os ajudariam. Ao chegar no Santuário, o padre e a Zelda explicam melhor o que exatamente está acontecendo. Um mago chamado Agahnim ganhou confiança do rei, até que usurpou seu trono e enfeitiçou todos os soldados; seu principal objetivo é quebrar um selo que foi feito a muito anos atrás, por sete Sábios para aprisionar o mago das trevas Ganon no Mundo Sombrio (Dark World). Este mundo antigamente era conhecido como Reino Sagrado (Sacred Realm), mas assim que Ganon chegou e obteve a Triforce, usou esse poder para cobrir o reino com magia sombria. Agahnim pretende quebrar o selo, enviando sete virgens, que são as descendentes dos Sete Sábios (Zelda é uma dessas descendentes), para o Dark World; assim libertando Ganon. A única forma de derrotar Agahnim e Ganon, é com a lendária Master Sword, uma espada forjada para derrotar o mal mais poderoso que possa existir. Mas para provar que e digno de empunhar a espada, Link precisa encontrar 3 pingentes mágicos (representando as virtudes coragem, sabedoria e poder) que estão escondidos em cavernas espalhadas por Hyrule e protegidas por criaturas místicas. No seu caminho para recuperar esses pingentes, ele encontra um ancião chamado Sarasrahla, ele se torna seu mentor durante toda a jornada, falando telepaticamente com o herói. Após conseguir os 3 pingentes, Link vai até a floresta onde está a Master Sword e consegue empunha-la, se mostrando digno de usa-la. Nesse mesmo momento, ele ouve uma mensagem telepática da princesa avisando que o os guardas de Hyrule havia chegado; ao chegar no santuário, ele encontra o padre perto de morrer, lhe dizendo que levaram a princesa para o castelo. Link não chega a tempo, e Zelda é mandado para o Dark World por Agahnim; agora ele deve adentrar este mundo e salvar as 7 descendentes dos Sete Sábios, que estão presas em cristais e guardadas por servos de Ganon. Depois de resgata todas as 7 donzelas, elas usam o seu poder para quebrar a barreira que cercava a torre de Ganon; lá, Link enfrenta o mago Agahnim e descobre que ele era uma espécie de avatar sendo controlado por Ganon. Após Agahnim ser derrotado, Ganon sai de seu corpo em forma de morcego e vai em direção a Pirâmide do Poder (que fica bem no centro do Dark World); Link o segue e após uma batalha difícil, ele o derrota. Assim, ele chega até a Triforce e usa seu poder para restaurar o Dark World e Hyrule, além de trazer de volta a vida seu tio, o padre e o verdadeiro rei de Hyrule.
Mapa de Hyrule (Light World e Dark World) e itens presentes no jogo

Gameplay, cenários e itens
Ao contrario de Zelda 2: The Adventure of Link, que tinha uma perspectiva side-scrolling (visão de lado); A Link to the Past adotou uma visão isométrica ,vista de cima, similar ao primeiro jogo. Sua movimentação está bem mais fluída e flexível, podendo até andar na diagonal, nadar, saltar entre alguns níveis de plataforma, erguer e empurrar objetos. Muitos itens ainda estão presentes, como a bomba, o arco e flecha, lampião, boomerang, as chaves para abrir as portas; além disso, o arco e flecha são itens separados igual a bomba, não sendo mais usado as Ruppes (o dinheiro do jogo) para ser usado. Um dos poucos conceitos que foi criado em Zelda 2 e está presente no jogo, é a barra especial, para realizar magias especificas no jogo; algumas ajudam a derrotas inimigos, outras ajudam a resolver puzzles e avançar no jogo. Os ataques de espada do Link, foram aprimorados para que fosse um golpe feito de lado ao invés de uma simples apunhalada a frente, visto nos dois primeiros jogos; isso facilita o combate contra os inimigos, pois a área de acerto é maior. Outra novidade em relação aos ataques de Link, é um ataque giratório; ao segurar o botão de ataque, Link dá um giro segurando a espada, podendo acertar mais alvos a sua volta. Novos itens foram adicionados, como o Hookshot (um gancho que pode ser usado como uma forma de ataque ou para prender em superfícies especificas para alcançar certas partes do cenário), a Pegasus Boots (uma bota que faz o personagem correr mais rápido e adiciona uma investida rápida para atacar), Power Glove e Titan's Mitt (luvas especiais que dão mais força a Link para levantar e empurrar objetos mais pesados), Medalhões que proporcionam magias especiais e é claro a Master Sword, se tornaria bastante presente nos jogos futuros da serie. O mapa do jogo é bem amplo para ser explorado, mas ao contrario do primeiro jogo em que se poderia ir qualquer ordem nas Dungeons (tirando algumas exceções), aqui existe uma ordem especifica para se fazer essas Dungeons, pois muitas necessitam de itens ou habilidades especificas para adentrar e ser explorada. Umas das novidades notáveis desse jogo, é a troca entre mundos; que faz ter um dinamismo e um fator de exploração maior. Para isso, Link pode usar o Magic Mirror (Espelho Magico) para mudar entre essas realidades, ou também usar portas que estão escondidos pelo mapa que proporcional essas viagens. O jogo conta com diversas Side Quests para que Link ganhe mais itens e aprimore suas habilidades; como melhorar seus equipamentos, conseguir roupas e escudos melhores e aumentar sua barra de vida e resistência. Falando em vida, uma outra novidade que estreou neste jogo, foram os "Piece of Heats", os pedaços de  corações que aumentam sua vida. Nos primeiros jogos, já existiam os "Heart Containers" (que aumentavam um coração de vida por vez), neste jogo, surgiram esses "pedaços de coração" que ao pegar 4 deles, vira um "Heart Container" e aumenta um coração de vida.


Desenvolvimento
Devido ao grande sucesso que os jogos anteriores fizeram, a Nintendo foi capaz de investir bastante no terceiro jogo; com um orçamento e tempo de desenvolvimento amplo. Shigeru Myiamoto e sua equipe começara a desenvolver o projeto deste jogo ainda em 1988 para o Famicom (NES); mas devido as proporções que o projeto estava tomado, acabou sendo adiado para o futuro console da Nintendo que estava vindo em 1990, o Super Nintendo. O roteiro do jogo foi escrito pelo estreante na serie Kensuke Tanabe, enquanto Yoshiaki Koizumi ficou responsável pela historia de fundo que era contado nos manuais do jogo. A música ficou mais uma vez a cargo de Koji Kondo, que além de trazer a clássica canção tema da serie (Hyrule Overtude) numa versão atualizada, compos diversas outras canções que se tornaria marca registrada da serie; como "Zelda's Lullaby", "Ganondorf's Theme", "Hyrule Castle", "Kakariko Village", dentre outras. Segundo uma entrevista feita com Miyamonto, o plano inicial era que o desenvolvimento de A Link to the Past fosse feito junto com Super Mario World; assim os dois jogos seriam lançados juntos com a estreia do Super Famicom no Japão. Acabou que Mario Wolrd saiu junto com o console e Zelda teve que ser adiado. Segundo palavras do próprio Miyamoto - "Começamos com algumas pessoas desenvolvendo o game, o que normalmente dura cerca de um ano. Só então adicionamos mais gente a equipe, que passou uns 8 meses dando os toques finais. Foi em Novembro de 1990 que mais gente entrou no time de desenvolvimento de Zelda." Ele estava tão empenhado com a produção do jogo, que passava dias dentro da Nintendo - "Trabalhei tão duro, que as pessoas perguntavam "O que você vai fazer quando seu corpo desistir, já que você nunca vai pra casa?", mas eu sempre tratei de ter 8 horas de sono diário, então meu cérebro não ficava cansado." 
Concept art de uma versão futurista da Princesa Zelda
Na época, a maioria dos cartuchos de SNES usavam 4 Megabits (512KB) de espaço de armazenamento para fazer os jogos; este jogo quebrou a tendência usando 8 Megabits (1MB), permitindo que a equipe da Nintendo consegui criar um mundo extremamente expansivo para se explorar. Uma técnica que usada tanto neste Zelda quanto em Mario World, foi um método de compressão gráfica para limitar propositadamente a taxa de cores; o SNES trabalhava nativamente com 16 bits de cores, e com essa compressão ele passa a trabalhar com apenas 8 bits de cores. Isso ajudou a trabalhar bem o conceito de dois mundos paralelos no jogo, pois o Dark World e o Light Wolrd são duas camadas sobrepostas uma na outra; os mapas são bem parecidos com pequenas mudanças de cores e sprites, então quando o personagem entre em um dos mundos, o jogo desliga uma camada e liga a outra. Conforme mais pessoas eram acrescentadas ao projeto, mais ideias surgiam; só que ainda sim, muita coisa foi deixada de lado na versão final do game. Uma dessas, era a antiga ideia de brincar com viagens no tempo, que via desde o primeiro jogo sendo estudada. No caso de A Link to the Past, chegou até a ter uma concept art da Princesa Zelda, usando uma roupa mais futurista; no fim das contas, essa ideia continuou guardada. Outra ideia descartada, foi a de o jogo ter um sistema em grupo. Além de Link, o jogador controlaria mais dois personagens: a Zelda e uma fada. Cada um teria habilidades e itens diferentes, e teriam que trabalhar em equipe. Foi descoberto anos depois, através de emulação do jogo, que houve um inimigo descartado no jogo; um soldado de armadura, portando um canhão. Aos examinar os códigos do jogo, tanto seus sprites quanto a sua inteligência artificial estavam prontas, mas simplesmente a Nintendo o deixou de fora na versão final.
Inimigo descartado do jogo

Diferenças entre as versões japonesa e americana

Assim como os jogos anteriores, tivemos muitas mudanças e censuras entre as versões lançadas em diversas partes do mundo. A primeira mais notável é o titulo do jogo, que no Japão se chama "The Legend of Zelda: Triforce of the Gods" (Triforce dos Deuses). Como a Nintendo of América sempre tentava evitar qualquer associação a coisas religiosas e simbolismos, eles mudaram o nome para A Link to the Past; apesar do jogo não ter viagem no tempo, o tal "elo" com o passado, seria dos Sete Sábios e suas descendentes presentes no jogo. O local onde Zelda fica escondida, após ser resgatado por Link, é descrita como uma igreja na versão japonesa, mas foi mudado para um santuário na versão americana. Assim como Agahnim que é chamado de padre, mas foi alterado no ocidente para ser um mago. No jogo, há uma escrita do povo Hylian, que inicialmente é ilegível para Link, mas depois através de um livro ele aprende a compreender essa escrita. Na versão japonesa, essa escrita usa desenhos que foram baseados em hieróglifos egípcios; por essas escritas carregarem significados religiosos, a Nintendo da América achou melhor trocar esses símbolos por outros. 
Existe um item no jogo chamado Magic Hammer; na versão japonesa, esse item é descrito como "M.C. Hammer". Essa é uma provável referencia ao rapper de mesmo nome, que fez sucesso na época com o hit "U Can't Touch This". Ganon nunca chegou a ter um sobrenome na serie, assim como muitos personagens de Zelda; mas na versão ocidental, o manual de instruções afirma que seu sobrenome seria Dragmire. Foi a única vez que ele recebeu um sobrenome em toda a serie; isso não é canônico e teria sido resultado do time de tradução americano querendo acrescentar coisas na historia. As versões americanas e europeias usaram um novo logotipo para a tela de titulo e a art box; esse logotipo depois se tornou padrão para serie toda, até para as versões japonesas.

Recepção e Legado
O jogo teve uma enorme recepção dos fãs e da critica em geral, vendeu ao todo 4,61 milhões de unidades somente no Super Nintendo, sem contar outras versões que foram relançadas e portadas. Recebeu notas altas das principais midias especializadas de games, sendo bem elogiado pela sua gameplay e gráficos. Assim como o primeiro jogo e outros jogos posteriores da serie, A Link to the Past acabou se tornando um dos jogos mais importantes da Nintendo e da industria dos games. Além dele ter aprimorado o que já existia nos jogos anteriores, acabou criando coisas que seguiram por toda a serie e serviu de inspiração para muitos outros games. Desde seu lançamento até os dias de hoje, revistas e sites fazem lista dos games mais importantes de todos, e A Link to the Past sempre aparece e figura nas posições mais altas da lista; alguns consideram até um dos melhores jogos do SNES, senão o melhor jogo desta plataforma.
Reggie Fils-Aimé, ex-presidente da Nintendo of America
Reggie Fils-Aimé, que foi presidente da Nintendo of América de 2006 à 2019, disse uma vez em entrevista que A Link to the Past é seu jogo favorito de todos os tempos. Com certeza se não não fosse por este jogo, ele não teria se interessado tanto por games e não teria construído uma carreira consolidada na Nintendo, onde começou na parte de Marketing da empresa. O jogo chegou a ter uma HQ publicado junto com a revista Nintendo GamePower, como 12 edições que ia de Janeiro até Dezembro; e também teve dois mangas distintos, lançados em épocas diferentes. No Japão em 22 de Junho de 1994, foi lançada pela Sony Records, a trilha sonora do jogo intitulado "The Legend of Zelda: Sound and Drama", em um disco duplo. No primeiro de 44 minutos, contém uma seleção de temas do jogo com novos arranjos e uma faixa de audio-drama; já no segundo disco de 54 minutos, contia faixas original de A Link to the Past e do primeiro Zelda. Em 1997, aproveitando o Satellaview (um periférico lançado para SNES no Japão, onde era possível jogar jogos via streaming, que eram disponibilizados diariamente ou semanalmente), foi lançado BS Zelda no Densetsu: Inishie no Sekiban. O jogo foi dividido em 4 episódios e tinha que ser jogado num horário especifico em que a Nintendo liberava o jogo; tanto que o jogo terminava quando o tempo terminava, e não quando o jogador completava a Dungeon. O jogo se passava 6 anos depois de A Link to the Past e o jogador controlava um personagem criado para o jogo; cada episódio vinha com duas dungeons e jogo contava com partes dubladas. Como o periférico ficou só no Japão, esse jogo nunca foi traduzido; no então, alguns fãs traduziram para o ingles recentemente. A Nintendo relançou diversas vezes o jogo em suas plataformas futuras. No Virtual Console (serviço online da Nintendo) o jogo foi disponibilizado para Wii em Janeiro de 2007, para Wii U em Janeiro de 2014 e para 3DS em Abril de 2016; ele ainda está contido Super NES Mini Classic Edition e também está entre os jogos disponíveis para os assinantes do Nintendo Switch Online. Talvez o relançamento mais notavel, tenha sido o de Gameplay Advance em 2002/2003; além do próprio jogo, ele contava com um novo jogo no cartucho, Four Sword. Este novo jogo, feito em parceria com a Capcom, se trata do primeiro jogo multiplayer da serie; de dois até quatro jogadores exploram diversas dungeons que são geradas aleatoriamente no jogo. Itens e habilidades que eram adquiridas no multiplayer poderiam ser usadas no jogo single-player e vice-versa; e o jogo contava com uma historia próprio que se passava anos antes de A Link to the Past. Ao completar a campanha do multiplayer, era liberado uma nova dungeon no single-player. Esta versão teve uma boa recepção dos fãs e da critica em geral, vendendo mais de 2 milhões de copias pelo mundo, sendo disponibilizado depois na loja online do 3DS.


Em 2013, uma continuação direta do jogo foi lançada para 3DS, chamada de The Legend of Zelda: A Link Between Wolrd. O jogo nasceu da vontade do diretor e produtor Eiji Aonuma de ver como A Link to the Past ficaria em 3D. O jogo se passa no mesmo cenário, mas a historia é completamente nova, novos puzzles e novas dungeos. Sea principal novidade é a habilidade que Link ganha de se transformar em uma pintura na parede; isso faz com que ele alcance lugares inaceitáveis e também acesse o novo mundo que a no jogo, Lorule. Este jogo também foi muito bem recebido e vende perto de 5 milhões de unidades.


Por ser um jogo muito querido pelos fãs, alguns entusiastas recriar este jogo em novas engines ou até mesmo em outros jogos. Claro que muitos desses projetos não vão pra frente ou não são disponibilizados para todos jogarem, por causa da politica da Nintendo, de sempre barrar esses projetos feito por fãs. Temos exemplos de um fã que usa o nome de CryZENx, que recriar diversos jogos antigos usando a Unreal Engine 4 (um dos moteres gráficos mais utilizados na atual geração). No caso de A Link to the Past, ele só recriou a parte inicial do jogo, onde o Link sai de sua casa com o lampião e explora os arredores daquela parte.


Um outro fãs que fez um belo trabalho, foi o usario BlobVanDam, que aproveitou o lançamento do mais novo Zelda para Nintendo Switch, o Link's Awakening (um remake do jogo original de Gameboy), para fazer uma versão de A Link to the Past nos mesmos moldes desse ultimo jogo, usando o motor gráfico Unity.

Também temos o usario BenXC, que usou o jogo Dragon Quest Builders 2 (um jogo da serie de RPG japones, que tem como principal mecânica criação de fases) para recriar quase fielmente o jogo A Link to the Past.


Curiosidades
Em 1990, a Nintendo realizou um concurso chamado "Get your name in a Video Game", através da revista Nintendo Power. O vencedor do concurso, deveria enviar uma foto de "Warmech" (também conhecido como Death Machine), um inimigo raro de se encontrar no Final Fantasy 1. Chris Houlihan foi o vencedor deste concurso, e o jogo escolhido para que seu nome estivesse presente foi The Legend of Zelda: A Link to the Past; apesar que ele não foi informado direito de qual jogo se trataria e onde o nome dele estaria. Seu nome foi colocado em uma sala secreta do jogo, na qual foi chamada de "Chris Houlihan Room"; nessa sala havia 45 Rupees azuis (que dava o total de 225 unidades de Ruppes) e uma mensagem que dizia: "Meu nome é Chris Houlihan. Está é a minha sala super secreta. Mantenha isso só entre nós, ok?".
"Chris Houlihan Room"
Uma das formas de chegar a está sala, é ir o mais rápido possível do Santuário até a entrada secreta que Link usa no começo do jogo para encontrar Zelda pela primeira vez, usando as Pegasus Boots. Existem outras maneiras de chegar até a tal sala, mas todas elas são devido a bugs, pois a sala foi feita para evitar erros; caso aconteça alguma coisa na qual o jogo não saiba para onde enviar o personagem no jogo, ele automaticamente é mandado para está sala. Não havia conhecimento deste segredo mais de uma década depois do lançamento, só foi ganhar mais notoriedade com a popularidade da internet e dos emuladores. Esse segredo foi retirado na versão do Gameboy Advance, apesar de estar presente nos códigos do jogo, mas ainda ficou presente nas versões lançados para o Virtual Console. Foi em A Link to the Past que apareceram pela primeira vez, os Cuccos (aves brancas que se assemelham muito a uma galinha). Essas aves aparecem em grande maioria nos vilarejos ao redor do mapa, demonstrando-se ser inofensivas; o personagem pode pega-las e até bater nelas. Porém, se o jogador começar a bater muito nesses animais, um bando de Cuccos aparece e começar a atacar Link, até praticamente matar o personagem. Isso acabou virando icónico e se transformando num meme dentro da serie, se repetindo em diversos outros jogos no futuro. Dizem algumas lendas, que a Nintendo colocou isso no game, como uma forma de conscientizar as pessoas sobre os maus tratos a animais, mas isso nunca foi confirmado. A Link to the Past é um jogo bem popular também entre a comunidade de Speedrunning, jogadores que testam suas habilidades terminando jogos o mais rápido possível, podendo usar ou não glitches e bugs. O jogo está sempre presente no Game Done Quick, uma maratona semestral de Speedrun transmitida pela Twitch, onde além das pessoas acompanharem essas gameplays, podem fazer doações para diversas instituições de caridade. Além do jogo original, eles também gostam de usar uma versão chamada A Link to the Past: Randomizer; um mod que randomiza o localização da maioria dos itens, aumentando a dificuldade e dando mais emoção ao tentar terminar o jogo o mais rápido.


Para mim, este Zelda é bem melhor, comparado aos dois jogos anteriores, principalmente em relação ao segundo jogo; pois esse eu tentei jogar (até para poder escrever a respeito dele aqui), mas o jogo era tão diferente do primeiro e meio chato, que acabei abandonando o jogo logo no começo. Em comparação ao primeiro, esse é bem mais agradável aos olhares atuais; a gameplay é bem mais fluída e trabalhada, e o gráfico muito mais bonito. Se com o primeiro jogo, a Nintendo conseguiu criar uma nova serie que trouxe muitas novidades, com A Link to the Past, ela conseguiu aprimorar e estabelecer a serie Zelda na historia dos games. Ajudou a estabelecer muitas coisas na serie, como a própria Master Sword, diversas canções que se tornaram memoráveis, itens e habilidades que frequentemente aparecem na serie, e muito mais. Esse acabou se transformando num dos jogos da serie que eu mais gostei de jogar até o momento (apesar de ter sofrido um pouco para derrotar o Ganon no final do jogo). Mas eu digo que vale muito a pena conhecer e jogar este grande e importante jogo do Super Nintendo, muito bem recomendado para vocês.


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