terça-feira, 31 de julho de 2018

Spyro the Dragon - A trilogia do Playstation 1


Nos anos 90; um dos estilos de jogos que mais dominava e fazia sucesso, eram os jogos de plataforma com mascotes; tanto os 2D quanto os 3D. Os dois que mais faziam sucesso naquela época, era Mario da Nintendo e Sonic da Sega. Outros também ficaram conhecidos nesses e outros consoles: Donkey Kong, Bubsy, Aero the Acrobat Banjo-Kazooie, e muitos outros. Quando a Sony entrou no mercado de games com o seu Playstation, mesmo focando num publico mais adolescente e adulto, também investiu neste tipo de jogo. Tendo como um dos mais conhecidos, Crash Bandicoot, feito pela Naughty Dog em parceria com Universal Studios. Ele foi até considerado, o mascote da empresa (mesmo que não oficialmente).
Mas outro personagem e suas serie de games, também teve seu brilho no console ao lado de Crash; era Spyro the Dragon. Um pequeno dragão roxo, que explora um vasto universo magico, criado pela Insomniac Games (responsável por jogos como Ratchet & Clank, Resistance, Sunset Overdrive e o mais recente jogo do Spider-Man), em parceria também com a Universal Studios. A Insomniac foi responsável pela serie nos seus 3 primeiros jogos lançados exclusivamente para o console da Sony; depois a serie passou pela mão de diversos estúdios e distribuidoras. Até que em 2008, a Activision adquiriu os direitos do personagem e da serie; e agora está para lançar um remake da trilogia original para os consoles atuais.
Eu confesso que joguei muito pouco deste jogo na época em que eu tinha PS1, nem lembro qual dos 3 jogos foi o que joguei, foi muito pouco mesmo. Mas com o recente anuncio do remake, e seu lançamento previsto pra Setembro; resolvi correr atrás e baixar os jogos para jogar no emulador de PS1 (infelizmente eu não tenho mais PS1, então é dessa maneiro que vou ter jogar). Agora vou falar de cada jogo separadamente; contar a historia de cada jogo, explicar as mecânicas, informações técnicas e depois dar minha opinião sobre o conjunta da obra.

Spyro the Dragon (1998)


Desenvolvedora: Insomniac Games
Publicadora: Sony  Computer Entertainment
Distribuidora: Universal Interactive
Produtor: Mark Cerny
Escritor: Peter Kleiner
Compositor: Stewart Copeland
Consoles: Playstation
Data de Lançamento: 9 de Setembro de 1998
Gênero: Plataforma





Ambientado em um mundo magico; onde 5 raças diferentes de dragões vivem em harmonia em cada um de seus reinos (Artisans, Peace Keepers, Magic Crafters, Beast Makers e Dream Weavers). Spyro; um pequeno dragão roxo, vivia uma calma vida ao lado de seu amigo Sparx (uma libélula) no reino de Artisans. Até que um dia, o terrível ogro Gnasty Gnorc invadiu os reinos dos dragões, transformando todos em estátuas de cristal e roubando todos os seus tesouros. Por ser pequeno, Spyro e Sparx passaram despercebidos pelos olhos de Gnasty, e conseguiram escapar ilesos. Agora, os dois tem que salvar todos os dragões, recuperar todas as jóias roubadas e derrotar o temível ogro Gnasty.
            

            

Se eu pudesse fazer um resumo bem básico do que consiste este jogo; seria mais ou menos assim: explore as fases, derrote os inimigos, colete as jóias espalhadas pelas fases e salve os dragões que estão petrificados. Bem simples e direto. Brincadeiras a parte, vamos falar mais seriamente e com mais detalhes do jogo e da gameplay. Spyro explora os 5 reinos do jogo; cada um contendo 5 fases acessadas por portais interligados. Ao adentrar estas fases, Spyro deve, além de derrotar os inimigos por ali espalhados; coletar os tesouros (uma espécie de diamante) que tem pelas fases. Esses diamantes estão dentro de baús e cestos que devem ser quebrados, ou até mesmo espalhados soltos pela fase. Outro objetivo, é de salvar os dragões que estão transformados em estátuas de cristal. Ao salva-los, eles deixam algum recado para o Spyro; desde um simples agradecimento até mesmo dicas do que fazer na fase ou das habilidades de Spyro. Além disso, os dragões salvos viram saves e checkpoints das fases. Em algumas fases, existe também um inimigo que carrega um ovo de dragão com ele. O personagem deve correr atrás dele, para poder pegar este ovo de volta. O numero de diamantes, dragões e outros coletaveis, varia de fase pra fase. Dessas 5 fases por reino; uma delas tem um seguimento diferente de exploração e coleta. São fases de voo, onde o personagem deve passar por lugares específicos e coletar itens dentro de um tempo cronometrado. Ao contrario das outras fases convencionais; nestas, Spyro pode se manter voando, e não apenas planar como ele faz nas outras fases. Spyro usa um balão para viajar entre os reinos; para ter acesso a este balão, o personagem deve ter uma certa quantidade de diamantes coletados e dragões salvos para poder avançar nos reinos. Após passar por todos os reinos e cumprir os objetivos; Spyro tem acesso ao reino de Gnasty Gnorc (Gnasty's World). Lá, o personagem passa por mais algumas fases, coleta mais tesouros, salva mais dragões; até finalmente enfrentar o próprio Gnasty. Após sua derrota, tudo volta ao normal no reino de Spyro; e o jogador ainda pode voltar ao jogo para continuar explorando-o e coletar o que ficou pra trás. Ainda existe uma fase extra que se libera após o final do jogo, chamada Gnasty's Loot. Onde o personagem deve coletar os últimos diamantes que sobraram, completando 120% do jogo, pra daí sim, ver o verdade final do jogo.
             

             
Spyro conta com diversas habilidades no jogo: ele pode pular e planar (botão X), é capaz de cuspir fogo (botão circulo), usar um dash para correr mais rapido e dar cabeçadas em inimigos ou objetos do cenario (botão quadrado), rolar para os lados para desviar de ataques dos inimigos (botões L1 e R1). Por ser um jogo que saiu antes de ter os controles Dual Shock do Playstation (com alavancas analógicas), o personagem é controlado pelos direcionais digitais do controle, e a camera é controlada pelos botões R2 e L2. Para mim, foi bem complicado lidar com isso no jogo; até porque hoje em dia, estamos acostumados a controlar camera e personagem com dois analógicos nos games. Confesso que tive um pouco de dificuldade no começo, mas consegui me adaptar. Existe a opção no menu de configurações, escolher entre camera fixa e dinâmica. No caso, a dinâmica é esse que é de controle livre do jogador e a fixa ela se move junto com o movimento do personagem, sem sair de trás dele. É possível também colocar a camera quase que em primeira pessoa; segurando o botão triângulo. A libélula Sparx, representa a quantidade de dano que o jogador pode levar, até perder uma vida; sua cor varia dependendo a quantidade de dano que ele recebe. A cor dourada, representa a vida cheia do personagem; após o primeiro dano recebido, ele fica azul; no segundo dano fica verde e no terceiro ele some. Caso o jogador leve o quarto dano seguido, Spyro perde uma vida. Pra se recuperar, Spyro deve matar certos inimigos para que uma borboleta apareça e Sparx a coma, recuperando um nível de vida. Manter Sparx com Spyro, também ajuda na coleta dos diamantes, pois estando com ele, Sparx pega os tesouros a um certo alcance do personagem. Sem ele, o personagem precisa chegar bem perto e encostar no diamante para coleta-lo. Spyro pode também acumular vidas, coletando estatuetas dele que estão dentro de baús roxos espalhados pelo jogo.                                                                                             

              
Spyro the Dragon foi lançado na América do Norte em Setembro de 1998, e em Outubro do mesmo ano na Europa. Fez parte de toda uma campanha de marteking junto a vários outros jogos do mesmo estilo, para atrair mais o publico jovem e infantil, afim de competir com a Nintendo que tinha um foco mais neste tipo de publico. Contou com alguns comerciais o tanto quanto engraçados e inusitados para divulgação do game, que podem ser conferidos logo acima. O jogo demorou um pouco pra alavancar nas vendas, mas rapidamente aumentou com a chegado do período de festas de fim de ano. Vendeu até hoje, em torno de 5 milhões de copias pelo mundo; sendo que na época de lançamento chegou a ser o terceiro jogo mais vendido no Reino Unido, perdendo apenas para Tomb Raider e FIFA 99. O primeiro jogo recebeu otimas criticas; salientando seus gráficos para época, se utilizava ao máximo da capacidade do Playstation, e chegou a ser uns dos melhores jogos de plataforma 3D da época. Teve uma media de notas de 85%, com notas de revistas e sites especializados, variado entre 7 e 9 nas suas notas. Isso garantiu uma sequência logo pra o ano seguinte, chamada Spyro 2: Ripto's Rage!

Spyro 2: Ripto's Rage! (1999)



Desenvolvedora: Insomniac Games
Publicadora: Sony  Computer Entertainment
Distribuidora: Universal Interactive
Compositor: Stewart Copeland
Consoles: Playstation
Data de Lançamento: 2 de Novembro de 1999
Gênero: Plataforma






Após a derrota de Gnasty; Spyro e Sparx decidiram que precisavam de umas ferias, mas o clima do reino andava muito chuvoso. Então os dois decidem entrar num portal para o reino de Dragon Shores ( um lugar montanhoso e ensolarado), para aproveitar as ferias. No entanto, ao passar pelo portal, os dois acabam indo para no reino de Summer Forest, no mundo de Avalar. Spyro descobre que foi parar ali, por causa de 3 criaturas que o chamaram: Hunter (um cheetah), Elora (uma fauno, algo parecido com uma minotaura) e o Professor (um cão cientista). Eles explicam a Spyro que enquanto faziam experimentos com portais, um pequeno mago chamado Ripto e seus dois lacaios Crush e Gulp, invadiram seu reino e decidiram conquista-lo; já que não havia dragões neste reino, pois Ripto os considera pragas e tem medos deles. Então, pra combate-los, eles decidiram convocar algum dragão para ajuda-los a derrotar e expulsar Ripto do mundo deles. Quando Ripto descobre isso, ele se refugia e manda seus capangas atacarem Spyro e os outros. Nessa primeiro ataque, eles falham, mas acabam destruindo o portal de onde Spyro saiu. Sem muitas opções; Spyro decide ajudar Elora, Hunter e Professor a derrotar Ripto e expulsa-lo do reino.
              
O gameplay se manteve quase que o mesmo do jogo anterior. As habilidades de Spyro e o controle do personagem e da camera continuaram os mesmos. A única coisa que não tem mais, é o movimento de rolagem que o personagem fazia com R1 e L1. Eram poucas as vezes que se usava no jogo anterior, mas nesses poucas vezes era bem útil. Já nesse jogo mostrou-se sem muita utilidade, apesar que na minha opinião, em alguns momento seria de boa ajuda. Ele ganhou algumas habilidades novas; como pular e dar uma cabeçada no chão, dar um impulso extra durante a planada para alcançar lugares mais longe, escalar paredes com superfícies especificas, e nadar e mergulhar na aguá. Ele também ganha algumas habilidades temporárias em algumas fases; como voar longas distancias, atirar bolas de fogo e ficar imune por um tempo. Os dragões, deram espaço para outros tipos de criaturas e seres fantásticos; e agora são três reinos a serem explorados: Summer Forest, Autumn Plains e Winter Tundra. São menos reinos que o anterior, mas isso é equilibrado por mais fases variadas; do mesmo jogo que o jogo anterior, interligados por diversos portais. Os diamantes continuam como o principal coletavel do jogo; mas agora eles não tem mais só o único intuito de colecionavel, mas também é utilizado para comprar habilidades e passar por certos lugares da fase. Pois nesse jogo, existe um personagem chamado Moneybags, uma criatura de smoking que ofereci coisas a Spyro, em troca de diamantes. Os novos coletaveis do jogo são as Orbs e os Talismãs. O talismã o personagem consegue completando a missão principal da fase, e os Orbs são adquiridos fazendo as missões extras da fase. Isso é algo que ficou bem interessante no jogo; a questão da diversidade de objetivos no jogo. O jogo acaba dando um foco bem maior no desenvolvimento da historia, com mais cutscenes e diálogos ao longo do jogo; e colocando um pouco mais de humor também. Cada fase que Spyro entra, tem uma cena de introdução mostrando os problemas que estão ocorrendo naquele lugar e os apuros que os personagens daquele lugar estão passando. E quando Spyro faz as missões, ajuda as criaturas do reino e vai embora; outra cena acontece mostrando como ficou a situação do lugar. Essas cenas, sempre tem um tom de bastante humor. Após cumprir todos os objetivos e coletar todos os itens das fases, Spyro enfrenta um chefe em cada reino; sendo eles Crush, Gulp e por fim o próprio Ripto. Ao derrota-lo, tudo volta ao normal no mundo de Avalar e Spyro pode enfim voltar para seu mundo, para curtir ferias em Dragons Shores. Até o jogador após o termino do jogo, pode dar uma volta neste reino, que é uma espécie de parque de diversos onde se pode participar das brincadeiras do local.
             

             

Spyro 2: Ripto's Rage! foi lançado em 2 de Novembro de 1999 na América do Norte, 5 de Novembro na Europa e 16 de Março de 2000 no Japão. Obteve boas notas também; sua media subiu para 87%, com notas variando entre 8 e 9. As criticas mais positivas foram em referencia a seus gráficos e trilha sonora; alguns disseram que este foi melhor que o primeiro jogo. Criticas mais rigorosas foram dadas a respeito de sua curta duração e de sua dificuldade baixa. Suas vendas foram um pouco menores, até hoje totaliza 3,5 milhões de copias.                                                                                                       
              

Spyro: Year of the Dragon (2000)



Desenvolvedora: Insomniac Games
Publicadora: Sony  Computer Entertainment
Distribuidora: Universal Interactive
Diretor: Connie Booth
Produtores: Donovan Soto, Grady Hunt
Compositor: Stewart Copeland, Ryan Beveridge
Consoles: Playstation
Data de Lançamento: 24 de Outubro de 2000
Gênero: Plataforma




Spyro e seus amigos Sparx e Hunters, estão juntos com os outros dragões numa festa para celebra o "Ano do Dragão", uma festa que reúne os ovos de dragão que estão para nascer. Após essa festa, todos estão adormecidos, quando algumas criaturas invadem o reino e roubam os ovos de dragão. Eles descobrem isso a tempo, pois um desses invasores pisou no rabo de Hunter e fez todos acordarem ao redor. Spyro, Sparx e Hunter, ao seguir os rastros dos ladrões e vão parar em Forgotten World, um reino governado por uma soberana chamada Sorceress. Por ordens dela, as criaturas chamadas Rhynocs e a coelha Bianca, roubaram os ovos de dragão para utiliza-los num feitiço que a tornaria imortal e lhe daria asas como os dragões. Agora, Spyro e seus amigos devem resgatar os ovos de dragões roubados e derrotar a Sorceress

               
Esse foi o jogo em que a gameplay menos teve alterações; praticamente se manteve a mesma coisa dos jogos anteriores em questão de habilidades do personagem e movimentação. O foco desse jogo, foi no melhoramento gráfico e sonoro, e numa amplitude das suas fases e mini-games. Desta vez, temos 6 reinos diferentes com 6 fases em cada uma; seguindo o mesmo esquema de portais e transições entre eles, presente nos jogos anteriores. A novidade é que agora existe outros personagens controláveis, que são liberados conforme o jogador vai avançando. Em cada reino, existe um personagem preso sob custodia do Moneybags (aquele mesmo cara que pede diamantes para Spyro por troca de algo no jogo). O jogador por sua vez, deve pagar uma quantia em diamantes para poder libertar este personagem, e assim, tornando-o um aliado no game. Esses personagens são: a canguru Sheila, o pinguim Sergeant Byrd, o iete Bentley e o macaco Agent 9. Cada um pode ser controlado em determinadas fases ou parte delas, e cada um tem suas habilidades próprias. Sheila tem habilidades de pulo duplo e de um impulso maior, Byrd pode voar e está equipado com um lança-misseis, Bentley usa sua força e seu bastão contra os inimigos, e Agent 9 vem equipamento com uma pistola laser. O fato de ter que desbloquear esses personagens, acabou aumentando bastante o fator de replay neste jogo; sendo necessário muitas vezes, retornar para fases anteriores. Sem falar que a libélula Sparx também ganhou suas fases próprias, num estilo próprio. São fases num estilo mais parecido com um jogo de "navinha", com uma visão de cima do cenário.
                

Em questão dos colecionaveis; os diamantes continuam como essência do jogo. Até porque o Moneybags continua a extorquir oferecer coisas ao Spyro em troca de dinheiro. Os ovos de dragão viraram o outro colecionavel do jogo. Em cada fase a um ovo diferente para ser resgatado, e sempre que Spyro o acha, nasce um dragão fazendo um "gracejo" pro personagem. Não precisa exatamente coleta todos os ovos e diamantes, mas o suficiente para liberar outras fases e reinos para visitar. Ao mudar sempre de reino, Spyro enfrenta um chefe, que é alguma criatura para impedir Spyro de prosseguir na sua jornada. Em cada chefe, um dos personagens que o jogador libertou no reino anterior, o auxilia durante a batalha. Durante a campanha do jogo, a coelha Bianca acaba virando uma aliado dos heróis; pois ela pensava que a Sorceress havia pego os ovos de dragão para restaurar a magia que existia naquele reino. Isso porque foi perdendo sua magia, após os dragões terem desaparecidos, e os novos ovos de dragão poderiam restaurar-la novamente. Só que a Sorceress queria apenas para fins próprios e egoístas, isso fez Bianca se questionar e passar a ajudar Spyro. Após muitos desafios e batalhas, Spyro chega até o final para derrotar a Sorceress de uma vez e salvar os dragões recém nascidos dos ovos roubados. É o que aparentemente acontece, pois ela sobrevivi a batalha, e o personagem deve resgatar os ovos e diamantes que sobraram, para liberar uma nova área e novamente enfrentar ela, e aí sim, terminar o jogo por definitivo.
                
Spyro: Year of the Dragon levou um pouco mais de 10 meses para ficar pronto e saiu em 24 de Outubro de 2000 na America do Norte e 10 de Novembro de 2000 na Europa. Foi escolhido esse nome, pois o ano 2000 era considerado o ano do dragão no Zodíaco chinês. O jogo venho com uma proteção anti-pirataria que quando era identificado que a copia do jogo era ilegal, ele ficava com bugs e impedia que o jogador pudesse avançar no jogo. Até mesmo em alguns emuladores isso poderia acontecer. Tanto que comigo isso aconteceu; a primeira versão que baixar pra testar, me impediu de continuar jogando, nem do primeiro reino eu pude sair. Mas é só dar uma boa procurada que se acha ROMs que permitem jogar numa boa. Spyro continuou mantendo sua media de notas, até subindo um pouco para 91%. A critica enalteceu o fato do jogo estar mais bonito e de sua ampla variedade de fases e personagens a ser jogado; dando um fator maior de replay ao mesmo. Suas vendas totalizaram até hoje aproximadamente 3,7 milhões de unidades. Mas mesmo com o grande sucesso que a serie estava fazendo, a Insomniac não estava mais interessada em fazer jogos de Spyro. Segundo produtores da época, eles já havia feito o que dava com o personagem e não tinha mais historias para serem contadas. Além disso, eles estavam mais interessados em trabalhar em novas franquias e personagens.
                
Assim, Spyro continuou por mais algum tempo na mão de varias outras produtores, tendo um total de 10 jogos sendo lançados, desta vez não mais exclusivo para consoles da Sony. Até que foi comprada pela Activision, que o inclui no que se tornaria a franquia Skylanders; uma serie que tem seu foco na venda de bonecos que são integrados ao gameplay do jogo. Spyro começou como principal da serie, para ser o carro chefe desta nova serie. Ele continuo a aparecer na serie, mas agora não mais como o principal. Os jogos fizeram tanto sucesso, que fizeram uma serie no Netflix chamada Skylanders Academy, que já tem suas temporadas e tem uma terceira planejada para sair. O personagens parecia ter sido esquecido pela maioria dos gamers; tirando os jogos de Skylanders, ele não havia tido nenhum jogo proprio desde 2008, quando a Activision havia adquirido seus direitos. Foi então que com o grande sucesso da remasterização da trilogia original de Crash Bandicoot, a empresa resolveu investir na mesma idea com Spyro. E agora está planejado o lançamento para Setembro de 2018, o jogo Spyro Reignited Trilogy, uma remasterização dos 3 primeiros jogos para atual geração de consoles ( Playstation 4, Xbox One, PC e possivelmente uma versão para Nintendo Switch também).
              

Curiosidades
Mark Cerny
Inicialmente, era para o jogo ter um tom mais sombrio e realista; mas foi o produtor Mark Cerny que aconselhou a equipe de desenvolvimento a criar um jogo com mais apelo as massas; já que o Playstation tinha uma grande quantidade de jogos mais sérios e realistas, ele queria algo mais parecido com que a Nintendo fazia com seus jogos. Inclusive, Mark Cerny sempre esteve envolvido em vários exclusivos da Sony: Crash Bandicoot, Ratchet & Clank, God of War, Uncharted...Foi ele o engenheiro chefe do desenvolvimento do hardware do Playstation 4. No começo do desenvolvimento, Spyro seria da cor verde, mas decidiram por a cor roxa, pois boa parte do jogo tem grama verde e isso poderia atrapalhar a visibilidade do personagem. O baterista da banda The Police, Stewart Copeland, foi responsável pela composição da trilha sonora do jogo.
Stewart Copeland, The Police
No geral, eu curti bastante redescobrir este jogo, é uma pena não ter jogado ele mais na época que eu tinha PS1. Ele não é um daqueles jogos muito difíceis e complicados de jogar, até sinto falta de um tipo de jogo desses; um jogo que você possa jogar despretensiosamente e sem se estressar muito. Hoje em dia tem muitos desses jogos que são feitos pra ter uma enorme dificuldade, para as pessoas ficarem se empenhando muito pra melhorar e superar os desafios. A serie do Spyro não segue esse caminho, diria que é um jogo perfeito pra quem não é muito acostumado a jogar, por ser fácil de compreende-lo. Um jogo com uma gameplay bem intuitiva e bem simples; tirando o fato do controle da camera mesmo. Mas isso é uma coisa que pode perceber que até na época, a midia especializada criticava bastante; isso com certeza vai estar melhor no remake que vem aí. Questão dos gráficos, tem que se ver com o olhar da época, pois logicamente visto hoje, eles não envelheceram muito bem. A primeira leva de jogos 3D do Playstation, não envelheceram muito bem. Os que se salvam um pouco, são jogos mais cartunescos como Crash e o próprio Spyro, que não tinham a intenção de ser realistas. Uma coisa que gostei mais no primeiro jogo e isso se perder nos outros dois, foi o quão bem disfarçados os loading do jogo eram. Quanto o personagem entrava e sai de uma fase, enquanto o jogo carregava, era mostrado uma animação dele voando e isso dava a sensação de que o jogo não estava parando pra nada. O jogo fluía mais e não parecia que o jogador estava esperando o jogo carregar; isso era nem camuflado. Acabou que isso não se manteve nos jogos seguintes, sempre nas transições de cenários, o jogo cortava pro loading e depois retornava. Talvez isso seja um pouco compreensivo pela questão desses jogos terem mais cutscenes e cenários maiores. A trilha é muito boa; bem agradável aos ouvidos e dá o tom certo para as fases. Fiquei surpreso ao saber que o baterista da banda The Police tinha se evolvido nos games na parte sonora. O jogo tem um bom humor na sua historia, com momentos engraçados, descontraídos e algumas referencia. Como, por exemplo no terceiro jogo, uma personagem fazendo referencia a Tomb Raider.
Personagem de Spyro: Year of the Dragon fazendo referencia a Lara Croft
No mais era isso, quem tiver o interesse, vá atrás e jogue. É um bom jogo para matar o tempo e se distrair um pouco. Lembre que se trata de um jogo antigo, então pode ter aquele estranhamento com os gráficos ou com a gameplay; mas faça um teste. Ou então aguarde o remake, que está ficando excelente; com uma qualidade gráfica otima e gameplay retrabalhado.

*Atualização: o remake foi adiado para Novembro de 2018.

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